Sendo que os negócios são feitos por pessoas, sendo que quem está à frente do negócio a definir tudo (objetivos, investimento, rumo do negócio…) é uma pessoa, então não podemos nunca separar Negócio da Pessoa que é o empreendedor/dono do próprio negócio!
Posto isto, e bem entendido que estamos acerca da importância da pessoa que é o empreendedor, vamos agora falar de como o grau de autoconsciência e conhecimento pode influenciar na tomada de decisões do negócio e no rumo do mesmo.
Vamos às raízes, todos fomos um dia crianças. Todos crescemos no seio de uma família. Todos temos uma origem e essa origem influenciou e muito (muito mais do que possam pensar) naquilo que cada um de nós acredita. A imagem da realidade que vemos enquanto adultos é em muito influenciada pela nossa infância. Não vou trazer aqui os artigos científicos desta temática, mas convido a que possam explorar mais acerca do tema.
A forma como os pais/educadores vivenciavam a questão do dinheiro, é a forma ficou incutida em cada um de nós, e ficaram como sendo as verdades sobre o dinheiro.
Se viu os pais ou avós a perder tudo num negócio, muito dificilmente essa imagem sai da cabeça, o medo ficou instalado. Inconscientemente o medo de perder tudo pode vigorar e na hora de tomar decisões de investimento no negocio pode surgir em grande escala ansiedade, dificuldade em tomar essa decisão e oportunidades serem perdidas.
Se por ventura na tua infância viveu muito falhas de dinheiro com frequência, ainda que não conscientemente o medo de “não ter o suficiente “vigora e no negócio geralmente isso implica decisões que baixam o preço dos produtos /serviços.
a- o dinheiro não é importante. De notar que um negocio existe para dar lucro, caso o posicionamento seja este , de que o dinheiro não é importante, é o mesmo que dizer que o negocio no precisa gerar dinheiro, lucro. Isto é uma contradição.
b- investir é para ricos. Este tipo de crença limita muito o negócio sendo que negócio implica quase sempre realizar investimento, assumir riscos financeiros. Esta crença vai travar a racionalidade nesta temática e toma conta o corpo emocional fragilizado.
c- o dinheiro faz mal, não é bom. Esta é uma crença similar à primeira, e vai colocar o empreendedor a rejeitar recebimento e na forma de negócio pode traduzir-se em acumulo de dividas pro parte dos clientes, em não saber cobrar, em não saber precificar adequadamente o seu produto/serviço.
d- dinheiro só se obtém através da desonestidade. Esta crença é muito perigosa, não só por não ser verdade mas ainda mais porque vai colocar o empreendedor numa situação de rejeição grande do mundo dos negócios, mundo este onde a moeda de troca é dinheiro.
e- prefiro ser feliz a ter dinheiro. Esta crença é absolutamente fora de qualquer verdade. É possível ter as duas coisas e jamais precisa de escolher entre uma ou outra.
Agora, noutra vivência, por exemplo um ambiente na infância em que rejeitavam as suas ideias, irmão ou irmã mais nova e em que todos achavam que não era o mais inteligente, ou o que tinha melhores notas, ou sendo aquele irmão que não se achava que ia levar muito bem na vida…ao chegar a idade adulta com alguma sensação de que não tem o devido valor, e por isso o negocio vai refletir isso mesmo. Não vais saber valorizar o teu negocio como é devido e os clientes vão percecionar isso , e ninguém quer comprar algo que tem pouco valor…por isso mesmo o valorizar o que se vende é o primeiro passo para ter um negocio de sucesso.
E por aqui vai…poderia continuar a escrever acerca de crenças que todos temos e que influenciam o negocio. Com este artigo pretendo trazer este tema, pretendo aumentar a consciência de que as crenças que temos influenciam os negócios e por isso mesmo precisamos trabalhar (e muito) nestas questões. Como? Através do autoconhecimento.
O autoconhecimento nos negócios, é um pilar da mentoria que dou. Na mentoria falo muito de negócios, de vendas, de preço, de faturação, de objetivos e metas e falo muito de quem é o empreendedor por detrás disto tudo.
Em primeira instância, se eu perceber que é preciso trabalhar algumas crenças é por aqui que começo!