Quando criamos um negócio ou empresa, o normal é que o façamos com os olhos postos no futuro. Queremos que ele seja próspero, consistente, mas, sobretudo, que tenha longevidade. Que seja um projeto de (muito) longo prazo. E, se possível, que atravesse gerações e se perpetue no tempo, para lá do próprio criador.
Atingir o objetivo da longevidade, com rentabilidade e solidez, não está ao alcance de todos. Para que tal seja possível, o teu negócio precisa de ter equilíbrio. E esse equilíbrio resulta da implementação de um conjunto de ações, que devem acontecer numa base regular, de tal forma que, no médio-longo prazo, se mantenham exequíveis.
Deixa-me colocar isto noutros termos: imagina que és uma pessoa sedentária que hoje decide fazer uma corrida. Não tens a preparação para o fazer, é certo, mas, se deres o teu máximo, é possível que consigas correr alguns quilómetros. E que chegues ao fim com a língua pendurada.
Contudo, se o teu objetivo é passar a correr numa base regular, dar tudo por cada corrida não será suficiente. Terás, por isso, que apostar na tua capacitação física, e isso passa não apenas pelo treino regular, como por outras variáveis como uma boa alimentação ou um bom equilíbrio psíquico e emocional. Ou seja, terás que te preparar de forma apropriada, porque já não estás a fazer uma corrida esporádica: estás a criar uma rotina, projetada no médio-longo prazo.
Transportemos este exemplo para o mundo dos negócios: se pretendes ter uma organização saudável, rentável e durável no médio-longo prazo, é fundamental que implementes um conjunto consistente de ações, diárias, semanais e mensais, que devem ser exequíveis nesse horizonte temporal.
Podes, claro, optar pelo dar tudo em cada corrida. E talvez até consigas trabalhar 10 ou 15 horas por dia, durante uma semana, um mês ou até mesmo um ano. Mas as consequências desta opção, que chegarão um dia, podem ir do burnout até à degradação da tua vida familiar.
Por isso, é importante que tenhas uma visão de médio-longo prazo sobre quem és tu no teu negócio. E que respeites as quatro dimensões do teu ser.
E que dimensões são essas?
Estas 4 dimensões, que se relacionam entre si, são profundamente impactantes. Na tua vida e, consequentemente, no teu negócio. E são fundamentais para o tal equilíbrio que irá garantir a longevidade que almejas para a tua organização.
Quatro dimensões que, isoladas, não deixam de ter valor. Mas, articuladas e a funcionar em conjunto, farão de ti um gestor e um líder mais completo, são e competente. Se souberes cuidar delas, claro.
Podes, recordo-te, ignorar esta fórmula mágica. E dar tudo em cada corrida, como se não houvesse amanhã. Porém, se daqui a uns anos entrares em burnout, ou se a tua vivência familiar se transformar numa casa a arder, o impacto de tudo isto não se manifestará apenas na tua vida pessoal. Será igualmente destrutivo para o teu negócio.
Bem sei que estes conceitos podem ser algo de novo e até complicado de digerir. Mas posso garantir-te que serão essenciais ao bom funcionamento do teu negócio. E se gostarias de conhecer esta fórmula mágica em maior detalhe, aceita a minha sugestão e vem conhecer a mentoria Negócios com Propósito e Resultados, onde poderás aprender sobre estes e outros conceitos, essenciais para o crescimento do teu negócio, e desenvolver a tua estratégia comigo.
Não corras sem sentido. Prepara-te como um campeão!
Fico à tua espera!
Até já,
Marina Almeida
Sendo que os negócios são feitos por pessoas, sendo que quem está à frente do negócio a definir tudo (objetivos, investimento, rumo do negócio…) é uma pessoa, então não podemos nunca separar Negócio da Pessoa que é o empreendedor/dono do próprio negócio!
Posto isto, e bem entendido que estamos acerca da importância da pessoa que é o empreendedor, vamos agora falar de como o grau de autoconsciência e conhecimento pode influenciar na tomada de decisões do negócio e no rumo do mesmo.
Vamos às raízes, todos fomos um dia crianças. Todos crescemos no seio de uma família. Todos temos uma origem e essa origem influenciou e muito (muito mais do que possam pensar) naquilo que cada um de nós acredita. A imagem da realidade que vemos enquanto adultos é em muito influenciada pela nossa infância. Não vou trazer aqui os artigos científicos desta temática, mas convido a que possam explorar mais acerca do tema.
A forma como os pais/educadores vivenciavam a questão do dinheiro, é a forma ficou incutida em cada um de nós, e ficaram como sendo as verdades sobre o dinheiro.
Se viu os pais ou avós a perder tudo num negócio, muito dificilmente essa imagem sai da cabeça, o medo ficou instalado. Inconscientemente o medo de perder tudo pode vigorar e na hora de tomar decisões de investimento no negocio pode surgir em grande escala ansiedade, dificuldade em tomar essa decisão e oportunidades serem perdidas.
Se por ventura na tua infância viveu muito falhas de dinheiro com frequência, ainda que não conscientemente o medo de “não ter o suficiente “vigora e no negócio geralmente isso implica decisões que baixam o preço dos produtos /serviços.
a- o dinheiro não é importante. De notar que um negocio existe para dar lucro, caso o posicionamento seja este , de que o dinheiro não é importante, é o mesmo que dizer que o negocio no precisa gerar dinheiro, lucro. Isto é uma contradição.
b- investir é para ricos. Este tipo de crença limita muito o negócio sendo que negócio implica quase sempre realizar investimento, assumir riscos financeiros. Esta crença vai travar a racionalidade nesta temática e toma conta o corpo emocional fragilizado.
c- o dinheiro faz mal, não é bom. Esta é uma crença similar à primeira, e vai colocar o empreendedor a rejeitar recebimento e na forma de negócio pode traduzir-se em acumulo de dividas pro parte dos clientes, em não saber cobrar, em não saber precificar adequadamente o seu produto/serviço.
d- dinheiro só se obtém através da desonestidade. Esta crença é muito perigosa, não só por não ser verdade mas ainda mais porque vai colocar o empreendedor numa situação de rejeição grande do mundo dos negócios, mundo este onde a moeda de troca é dinheiro.
e- prefiro ser feliz a ter dinheiro. Esta crença é absolutamente fora de qualquer verdade. É possível ter as duas coisas e jamais precisa de escolher entre uma ou outra.
Agora, noutra vivência, por exemplo um ambiente na infância em que rejeitavam as suas ideias, irmão ou irmã mais nova e em que todos achavam que não era o mais inteligente, ou o que tinha melhores notas, ou sendo aquele irmão que não se achava que ia levar muito bem na vida…ao chegar a idade adulta com alguma sensação de que não tem o devido valor, e por isso o negocio vai refletir isso mesmo. Não vais saber valorizar o teu negocio como é devido e os clientes vão percecionar isso , e ninguém quer comprar algo que tem pouco valor…por isso mesmo o valorizar o que se vende é o primeiro passo para ter um negocio de sucesso.
E por aqui vai…poderia continuar a escrever acerca de crenças que todos temos e que influenciam o negocio. Com este artigo pretendo trazer este tema, pretendo aumentar a consciência de que as crenças que temos influenciam os negócios e por isso mesmo precisamos trabalhar (e muito) nestas questões. Como? Através do autoconhecimento.
O autoconhecimento nos negócios, é um pilar da mentoria que dou. Na mentoria falo muito de negócios, de vendas, de preço, de faturação, de objetivos e metas e falo muito de quem é o empreendedor por detrás disto tudo.
Em primeira instância, se eu perceber que é preciso trabalhar algumas crenças é por aqui que começo!